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Quero Me Expressar

... mas COMO?

Muitos têm suas mensagens e suas marcas para deixar no mundo, é uma necessidade, é uma iniciativa fazer algo o qual poderão dizer as pessoas o conteúdo e contribuição para um significado e interesse à sociedade, pois da mesma forma que alguém precisa dizer sua mensagem outra precisará dela, pelo simples fato de que somos capazes de refletir e traduzir o meio em que estamos e devolver a este meio e à todos que o habitam um sentido de nele estar e se harmonizar.

Muito bem, havendo uma compreensão para o porquê mudar o comportamento e expandir-se, falta o processo onde muitos ficam estagnados e encaixados anos em um impasse. São atitudes tão simples e tão importantes:

Observar, sim... o que as pessoas no tempo de hoje não sabem, é observar, absorver o que se passa á sua volta.

Interpretar, além da percepção vem o processo de organizar essa informação dentro de sua personalidade e seu sistema, de preencher a lacuna ( a necessidade de expressão) e tornar completo o intuito de comunicar sua mensagem.

Produzir, isso é uma grande escolha, como vestir e revestir o conteúdo que o tocou tanto, qual parte deste conteúdo lhe é importante e digna de ser mostrada para o mundo?

Fazer...

Então chegamos ao principal, o fazer artístico, algo mecânico e técnico que é apenas ferramenta e produto final de um elaborado processo.

Chega um momento em que as pessoas se perguntam, ainda amparadas por um acúmulo de informações superficiais, de como identificar o que é e o que deixa de ser arte propriamente dita, como olhar um objeto, de desmistificar dentro de um conceito interno incompleto, o que é uma expressão livre, isso se dá porque dentro de nosso dia a dia essa vivência está podada pelo que chamamos de prioridades vitais. Então dizem: arte é desnecessária porque uma obra não mata a fome nem a sede de uma pessoa, de tão imersas nesse apagamento da memória da essência humana e no materialismo excessivo, esquecem da realidade que ainda sustenta a harmonia da existência com o meio, alimenta sim, o que se vê, o que se ouve, o gesto, do contrário estaremos como autômatos em processo de degeneração pela estagnação do pensamento, e sem relacionar com o mundo, não há desenvolvimento nem progresso.

Ninguém tem coragem de tomar alguma iniciativa, pois estar destacado do rebanho torna o indivíduo um alvo, e o artista nada mais é que aquele que desafia os olhares estagnadores e bate o peito contra a vidraça sem sofrem nenhum arranhão, para avisar ao "mundo" que o mundo pode mudar para melhor.

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Arte Digital X Arte Gráfica



Para distinguirmos o que é cada uma dessas vertentes vamos decifrar o que significa cada uma:
Arte digital: Arte digital ou arte de computador é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objetivo de dar vida virtual as coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais. Existem diversas comunidades virtuais voltadas à divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart,CGsociety e Cgarchitect. (fonte wikipedia)
Arte Gráfica: É uma forma de comunicar visualmente um conceito, uma ideia, através de técnicas formais. Podemos ainda considerá-lo como um meio de estruturar e dar forma à comunicação impressa[1], em que, no geral, se trabalha o relacionamento entre ‘imagem’ e texto.
Trata-se de uma profissão levada a cabo pelo designer gráfico que estende a sua área de ação aos diversos meios impressos de comunicação, resultando, mais concretamente, nas seguintes aplicações:
• Identidade corporativa (Branding);
• Design de embalagem (ou Packaging Design);
• Design editorial;
• Sinalética (ou Sinalização);
• Tipografia;

Muitas pessoas confundem Arte e Design com o mesmo conceito. É algo totalmente diferente, com objetivos difrentes entre ambos. Mas será tema para o próximo artigo.
Tudo está interligado, pois enquanto a Arte Digital é um meio e uma ferramenta para acessar uma modalidade de expressão e divulgação do objeto que no caso pode ser uma expressão artística ou uma comunicação objetiva e direta de marketing, por exemplo. Aí é que entra a Arte Gráfica, quando colocamos uma estética mais aprazível em uma página de revista, consequentemente faz o leitor ficar mais tempo apreciando a leitura, dizemos que é um gancho de técncia artística para seduzir, algo que em muitas obras de arte está incutido, é um princípio básico.
Penso sobre os problemas na base de informação para a população valorizar um pouco mais é a questão do conhecimento e da crítica que não existe mais, do raciocínio que não é mais ensinado desde criança. Não sejam autômatos do sistema, leia primeiro antes de ter uma opinião sobre o assunto, caso contrário muita coisa se perde de importante. É como diz a música do Titãs: “A gente não quer só comida, A gente quer bebida, Diversão, balé, A gente não quer só comida ,A gente quer a vida, Como a vida quer...” Isso quer dizer que uma hora ou outra na vida sentimos falta desse complemento indispensável para o dia a dia, mas se não temos a informação e identificar o que falta, apenas sentimos o vazio inexplicável, e toda a sociedade se torna violenta por não se encontrar e extravazar tanta tensão dos tempos de hoje.

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SEU OLHAR VÊ O QUE VOCÊ QUER?

(sobre o processo de criação artística no ponto de vista crítico, a partir do olhar de quem cria)

           Como ponto de partida de comprender o que é comunicar e interpretar uma idéia a partir da expressão imagética da realidade.

    "... Para nosso olho é mais cômodo, numa dada ocasião, reproduzir uma imagem com frequência já produzida, do que fixar o que há de novo e diferente numa impressão: isto exige mais força, mais "moralidade". Ouvir algo novo é difiícil e penoso para o ouvido; ouvimos mal a música estranha. Quando ouvimos uma língua estrangeira, tentamos involuntáriamente modelar os sons em palavras que soem familiares e próximas: foi assim que , em tempos passados, o alemão ouviu a palavra arcubalista e a transformou em Armbrust (balista). Também os nossos sentidos são hostis e relutantes para com o novo; e já nos processos mais "simples" da sensualidade predominam afetos como medo, amor e ódio, sem esquecer os afetos passivos da indolência - Assim como atualmente um leitor não lê todas as palavras ( e muito menos as sílabas) de uma página - em vinte palavras ele escolhe umas cinco ao acaso, "adivinhando" o sentido que provavelmente lhes corresponde - , tampouco enxergamos uma árvore de modo exato e completo, com seus galhos, folhas, cor e figura; é bem mais fácil para nós imaginar aproximadamente uma árvore. Mesmo nas vivências mais incomuns agimos assim: fantasiamos a maior parte da vivência e dificilmente somos capazes de não contemplar como "inventores" algum evento. .... " ( trecho do livro Além do Bem e do Mal de Friedrich Nietzsche)

          Se aplicarmos nossos conceitos de que não criamos nada além do que estamos acostumados, acomodados, não seriamos seres aptos a criar, a evoluir.
              Ao encararmos o desafio do incômodo, de romper limites não alcançaremos o que almejamos para o futuro.
              Isso vale para todos os campos da vivência humana, mas é muito explícito na Arte, por onde primeiro percebemos o que a alma humana anseia. E, alimentando as inquietações de expressar e comunicar o que a maioria tem medo, por ficar diferente e ser discriminado e ter muito a perder o que na verdade o que se perde com o comodismo e a passividade é a si mesmo. Como dizia um amigo muito querido, "tudo que fica estagnado, apodrece e morre", tomando como base uma lei simples da natureza, também se aplica à ampliação do conhecimento de modo ordenado, porém sem preconceito, nem dogmas, ou amarras sociais que obriguem o saber do verídico, mesmo que demore tanto tempo para se compreender, ele sempre estará lá, como sempre foi. Porque então parece sempre novo, aquela imagem que sempre vemos da árvore secular, ela não muda, está sempre lá, é nosso olhar que evolui e é capaz de mudar e melhorar o mundo.

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