Tempestades

4Ninguém pensaria em tempestades como algo tão subjetivo, ou como a própria natureza configura, não explicável, não natural. A mesma idéia de sua forma personifica o poder que representa.

Eu, a minha própria tempestade, eficiente em sua sempre completa natureza transformadora. Não tenho idéia para onde o vento me levará, nem quando estarei de volta, a sutileza está em ouvir o sussurro do vendaval com a atenção que se dá a quem amo.Elas são assim, de perfeição e efeito oposto e tem toda ela estampada com olhares sutis de todos os medos e entre os elementos mais vitais.Uma descrição criteriosa não seria válida neste momento, observações isoladas sim, do ponto de vista que ninguém mais tem. Quando se tem as mãos vazias, e somente a vontade, cada passo será valoroso em si.Cheguei atrasada, sei que não tenho perdão, e o preço nunca saberei pois a tempestade nunca passa e seu significado se esvai dentro da ventania, me tornarei parte dela, pelo tempo que ela me toma. E, à deriva, com o direito apenas de questionar através de um monólogo num palco inundado, submerso pela vida.

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