Excruciante



Pobre Lauriana, não vai morrer, ela caminha no escuro, a gritar sem ninguém ouvir, (risos), amordaçada por minha vontade, deseja, deseja.... não vai mais embora! Te seguro no meu desespero.... Não morre jamais. Lauriana quer morrer, mas não vai embora, escolheu, escolher viver, em seu sonho viu um avião cair sobre as casas da vizinhança, ela riu... o avião branco e azul em chamas.... Todos choram. Ela vê... mas não participa de nada.... paira ao sabor da inércia.... não morre, não vive, vê de fora e de dentro da redoma de vidro onde a coloquei, pobre Lauriana, jamais morrerá, grita... pela foice amenizadora dessa existência de dores invisíveis, excruciantes e silenciosas, incompreendidas e vexatórias.... Não me toque!

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