Carne




Imersa, de sentidos alterados.
Minha fera em metal não polido
Entrelaça-se no brilho de seu olhar
Encontro-te permanentemente
Minha pele em pedra e metal
De carne idealizada pelo teu perfume
Toca cada átomo, imerso nas densidades
Aprofundadas pelo meu ciúme
Um ápice insuportável, queira, queira sempre...
Refletir-te por segundos não suficientes
Constantemente procura-lo
Entre lágrimas escondidas e uma inércia perdida.
Desta existência um sentido ingrato
Pelo tempo que eu abracei em ti
Entre esses sentidos alterados,
de centelhas escolhidas por seu querer
minha fera de metal não polido ainda insiste permanentemente
enquanto o tempo tira o meu brilho e leva minha centelha a ti...

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