A Febre


Febre, gelado abrigo silenciado pelo momento,
Quando os olhos tocaram os fios defeituosos da imagem que se ocultava na luz
Um todo transitório feito de castelos de palavras
Acorrentou minhas mãos que estão acostumadas a guerrear
Vou, ainda detida nos sons e nas imagens
Poeticamente declina, lua sem fases
Desconhecendo a dor, febre de coração
Doce, perfumado, leve como uma brisa
A pairar sobre o soprar de cada pensamento
E gelado pela febre do silencioso abrigo
Um inverno interior
Não é preciso olhares, nem palavras
E neste outro torpor
Feito de milhares de escarpas
De onde observamos juntos o ocaso de cada tribo e civilização
Recebo cada pôr de sol, cada dia de minha vida, nunca igual, sempre único

... e sempre será...


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